Sunday, May 24, 2009

TESÃO É QUASE TUDO!
De nada vale ambientar o leitor com o cotidiano que adorna esse conto a exemplo dos escritores realistas. O caráter de universalidade que deve existir nessas páginas é o bastante para que possamos nos ater aos acontecimentos propriamente ditos.
Eu sempre tive uma espécie de “sorte”, melhor dizendo, kharma no que se refere a escolhas de mulheres ciumentas ao cubo. Tinha uma que me seguia pelos muros da universidade pra observar se eu olhava pra alguma beldade e, de certa feita, quando notou que eu olhava e lambia os beiços, a psicopata me jogou um caqueiro repleto de cactos. Demorei quase duas horas pra tirar todos os espinhos da minha perna.
Uma outra mandou uma mulher bater no portão de minha casa dizendo que tinha uma amiga que fazia matemática e havia se interessado pela minha pessoa e, quando eu saí na porta, a maníaca possessiva me esperava com uma expressão neurótica no semblante, pagou vinte reais a criatura que havia feito a tal proposta e disse que precisávamos conversar. Eu bati o portão, esperei ela terminar de quebrar a vidraça com uma pedra e fui bater uma gelosa no bar de Vavá.
Depois de certo tempo sozinho e descrente do processo monogâmico, resolvi começar uma relação com uma guria que havia conhecido na academia. Com roupa de academia é foda, se a mulher for gostosa, fica mais que evidente e Mirela, com aquele corpo escultural ressaltando o rabo magnífico, empinou a bunda pra atender o celular pra fora da janela e eu fiquei apaixonado. Conversamos, ela disse que morava perto, eu falei que ia até sua casa, mas no meio do caminho, eu empurrei-a num muro e comecei a beijá-la como um condenado a pena de morte!
Começamos a namorar e, na primeira vez que trepamos, notei que a garota poderia viver tranquilamente daquilo. Pensem numa verdadeira máquina moderna que a cada beijo ela ofegava e gemia e apertava mina pica e eu comecei a chupar seus seios e ela, meu cacete, e sentou no meu pau no sofá e levantou ficando de quatro e eu meti com agressividade e ela pedia pra eu bater na bunda e na cara e chamar de vagabunda e comecei a lamber meu dedo polegar e a enfiar no cú dela enquanto metia e pedi pra socar e ela deixou e mandou eu meter toda e, na hora que eu ia gozar, Mirela levantou, começou a lamber meu cacete e bebeu meu sêmen até a última gota enquanto eu caía no sofá completamente satisfeito com a existência do homo sapiens no planeta.
Semanas depois ela começou a pedir a senha do e-mail anunciando que não poderia haver segredo entre nós. Iniciou um questionário sobre todos os nomes de mulheres que existiam no meu celular, mas eu tinha que relevar, afinal com aquelas pernas!
Depois foi tomar informações a meu respeito acerca dos relacionamentos passados, se eu era fiel como um cão e esse tipo de coisa. Também tinha mania de cheirar minhas cuecas e o travesseiro e lençóis de cama, mas eu deveria sublimar, ela tinha um rabo sem defeitos!Tinha aversão á meus amigos que traiam suas mulheres e não eram boas companhias. Dizia que eu passava mais tempo ouvindo a voz de Etta James e Amy Winehouse que a dela e que meu esperma estava ralo e que eu havia comido alguém e esse tipo de coisa. Nessa época eu só pensava em literatura, quase não saia de casa, era praticamente um monge, só que era acusado e todas as hipotéticas atrocidades contra o matrimonio eram acompanhadas de uma expressão de ódio aniquilador da minha nova namorada, mas ela fudia bem demais!
Outro dia achou um pacote de camisinha atrás da estante e disse que eu escondia pra comer as piriguetes enquanto ela ia trabalhar e eu fazendo juras de amor, com a maior paciência explicando que se eu quisesse ficar com outras eu não ia propor ficar só com ela – não lembro de ter feito a proposta, mas anunciava que fiz e não podia voltar atrás – e a criatura tinha notadamente alguma espécie de trauma de relações ou vidas passadas. Não ha nada o que pudesse fazer. Se me ligasse e perguntasse como foi o meu dia e eu dissesse tudo que havia feito ela reclamava que estava escondendo algo. Uma verdadeira zagueira essa mulher! Mas será que eu encontraria outra que me lambesse assim?
Há poucos instantes chegou com um fio de cabelo dizendo que estava na sala e que era de mulher, eu disse que podia ser de Felipe que tinha cabelo grande e tinha passado por lá, mas ela disse que Felipe era loiro e aquele fio era vermelho e, mesmo com aquelas pernas, aqueles glúteos, aquela boca e aquilo tudo, eu peguei em seus cabelos e a arrastei até a rua, bati a porta e escrevi essa história.