Sunday, September 16, 2007

Já foi?

Que todas as clarezas sumam dos teus olhos
Freqüentemente cegos para mim
Em sussurros e água limpa
Pura, incongruente e fria
E dispenso teu sorriso
E abomino o seu perdão.

Mas se tive seu amor
Se te perdi
E se as ondas do naufrágio
Que ninguém viu,
Nem mesmo você,
Teimam em banhar
O céu, a lua e a sujeira
Dos teus pés descalços?

E temos que andar
Testemunhas de sonhos que agonizam
Prontos pra se enveredar
Por nova esperança,
Noutro milagre
E finda
Lento,
Só, incerto, mas sincero.

Em cada estrela-cadente
Eu gritava o teu semblante
Esperando misericórdia
De algum deus que compreenda
Que não há como esquecer
Ou simplesmente
Prosseguir.

Deixa a vida bater
E açoitar os nossos corpos
Sem que peçamos ao meteorito
Que fingia ser estrela que caía
E cortava o meu vazio
E consolava meus cabelos.

6 Comments:

Blogger Duda Bandit said...

deixemos...

abração.

11:02 AM  
Blogger Tiago said...

Johns, doido o poema, como te falei esse fim-de-semana passado, ao lê-lo em versão analógica, assim como os outros, melancólicos e lindos versos, fortes.

O endereço do blog novo, Diários Dialéticos, é:

http://diariosdialeticos.blogspot.com

Pinta lá quando der... abraços Raiva.

11:25 AM  
Anonymous Anonymous said...

Intrépido amigo de encontros furtivos em rodoviárias e caminhadas com Dragon.
Contente em saber que ainda está produzindo. Abraços!

7:04 AM  
Anonymous Anonymous said...

This comment has been removed by the author.

7:05 AM  
Anonymous Anonymous said...

This comment has been removed by the author.

7:05 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ah sim. www.cuspaouengula.blogspot.com
Passa por lá depois!

7:08 AM  

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